sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

TROCA DE COMANDO Após prisão na Lava Jato, DER tem novo diretor-geral que diz considerar operação um 'equívoco'

Paulo Montes Luz afirmou, durante uma entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (23), que considerou a operação um "equívoco". Ele ainda disse que o DER-PR estava colaborando com as investigações e que o Tribunal de Contas da União (TCU) não levou em conta os documentos apresentados. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), um estudo apresentado pelo TCU, em 2012, mostrava que a tarifa de pedágio poderia ser reduzia em 18%, mas o que houve foi um aumento de 25%. Assim, o valor ficou mais caro por causa de aditivos ao contrato, justificados pelo DER-PR. Diretor-geral preso e afastado Nelson Leal Junior era o diretor-geral do DER-PR e foi afastado do cargo, por determinação do governador Beto Richa (PSDB), no mesmo dia na prisão. Nelson foi indicado, em 2013, ao cargo por José Richa Filho, irmão do governador. Pepe Richa – como é mais conhecido – é secretário de Infra-estrutura e Logística do Paraná. 48ª fase da Lava Jato A atual fase da Lava Jato, batizada de Integração, apura corrupção, fraude a licitações e lavagem de dinheiro na gestão das concessões rodoviárias federais do Paraná. Seis pessoas foram presas temporariamente. Conforme o MPF, a investigação mostra "reais causas" de alto preço do pedágio no estado. Suspeitas.Em depoimento ao procurador do MPF Diogo Castor de Mattos, Nelson Leal Junior negou todas as acusações que caem sobre ele. No pedido de prisão, o MPF argumentou que Nelson vinha usando o cargo para editar atos em favor das concessionárias. Ele participava do grupo de trabalho nomeado pelo governador para estudar a renovação dos atuais contratos de concessão.Pagamento em dinheiro Segundo as investigações, Nelson Leal Junior comprou um apartamento de luxo em Balneário Camboriú (SC) por R$ 2,5 milhões sem declarar à Receita Federal. Além disso, cerca de R$ 500 mil do valor total foram pagos em espécie ou, conforme dito pelo MPF, com recursos que não tiveram a origem identificada. Durante o depoimento, Nelson Leal Junior disse que não costuma pagar despesas pessoais em espécie. Ainda conforme o MPF, o diretor do DER-PR teria alugado uma embarcação de sessenta pés para o verão de 2017 que custou de R$ 16 mil para utilizar em dois dias. Os valores foram depositados em espécie na conta do titular da empresa, ainda de acordo com os procuradores. Os gastos de combustível e marinheiro, que giravam em torno de R$ 4 mil, também eram pagos em espécie por Nelson Leal Junior. Veja mais notícias do estado no G1 Paraná.

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